Descrição
A historiografia tradicional frequentemente ignorou o papel das mulheres como espinha dorsal e motor da mudança social na história contemporânea. Nos Pirinéus aragoneses, como noutras culturas tradicionais, o fator mais importante para a derrocada do sistema social foi a alteração do papel que as mulheres tinham desempenhado até então, facto que conduziria ao despovoamento e consequente abandono.
“Mulheres, Migração para a Modernidade” pretende recuperar e valorizar mulheres e grupos de mulheres que na primeira metade do século XX conseguiram emancipar-se do destino que as esperava quando tudo estava contra elas. Uma busca feminina por dignidade que seria o maior motor de mudança social do século XX, embora sempre tenha sido desvalorizada.
O livro é um compêndio de artigos – histórias ou relatos – sobre o papel da mulher nas mudanças sociais vividas na Espanha e nos Pirineus Aragoneses na primeira metade do século XX. Um volume fronteiriço – a cavalo entre Espanha e França – que revê a história recente desde um ponto de vista local e feminino. Tenta defender o papel da mulher, anonimamente ou com nomes e sobrenomes, nessa migração para a modernidade cujo relato em primeira pessoa nos foi quase proibido.
"Mulheres. Migração para a modernidade” são os vendedores de chá de Ansotan que inspiraram Galdós e Sorolla; as andorinhas que cruzaram a fronteira para trabalhar na indústria do sopé da França; os emigrantes para a América; os professores durante a guerra civil… mas também nomes próprios que fizeram a viagem inversa como Anne Lister, Louise Carlé, Violet Alford, Lilí Álvarez ou Margalide Le Bondidier.
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